nº 7 ano 2 | Dezembro 2011
Ensaio

Imagem Poética da Praça Afonso Pena

Por Vanessa Duarte Ferreira

O presente trabalho procura, através da dimensão da experiência subjetiva, reunir a diversidade de modo a provocar um sentimento de sua integração, de suas possibilidades de levar a imaginação a um sempre indefi nível espaço além da realidade. A partir da constatação de que a cidade é o lugar das relações, do convívio, da cumplicidade e compartilhamento, mas também da diferença, da desconfiança e da indiferença, adotamos a esfera pública, mais precisamente o espaço público da Praça Afonso Pena como palco dessas trocas, da sociabilidade e dos afetos.

A cidade não é só um espaço físico, a cidade é um lugar de interação, é nela que se forma a subjetividade. A subjetividade só é constituída no olho do outro. No olho no olho. Não há outra forma.

Escolhemos trabalhar com imagem, pois a imagem faz imaginar. A imagem permite que se vá além do que se vê. Sua interpretação cabe ao expectador e ele dá o sentido que quer. Ele é livre para ler a imagem ao seu modo. A imagem está, pois, entre o sentido e a razão, entre aquilo que percebemos e a razão. Ela está entre o material e o imaterial. O mundo sem imagem não existe. Não existe mundo sem representação.

Imagem Poética da Praça Afonso Pena
Vanessa Duarte Ferreira
é mestranda em Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ) e pesquisadora do Observatório das Metrópoles.