nº 44 ano 12 | Março 2021
Ensaio

Distopia Rurbana

Por Jobson Brunno

Periferia? Periurbana? Perirural? Pericidade? Pericampo? Periferia urbano-rural?

O ensaio enfoca os contrastes da paisagem que são produzidos por processos recentes de reestruturação nas áreas de transição urbano-rural do município de Campina Grande, agreste paraibano. Entre os limites do urbano e do rural, apresentam-se cenas que evidenciam impactos, rupturas, conflitos, dinâmicas socioespaciais da produção fragmentada, dispersa e descontínua do espaço urbano. São densidades em contraste. Pedras naturais e manufaturadas. É meio ambiente. Terra em transi(ção).

Apresenta um retrato do padrão de reprodução espacial da última década nas cidades brasileiras por meio de um registro histórico dos primeiros momentos da ocupação do Conjunto Habitacional Aluízio Campos. Construído para abrigar uma população de mais de 12 mil habitantes, o empreendimento inaugura uma nova centralidade periférica e marca o fim do ciclo da política habitacional promovida pelo Programa Minha Casa Minha Vida para baixa renda no município.

O trabalho é resultado da pesquisa “Novas Frentes de Urbanização nas Bordas Urbano-Rurais de Campina Grande: mercantilização ou bem-estar urbano?”, associada ao Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal de Campina Grande, orientada pela professora Lívia Miranda, e ao projeto Regimes Urbanos do INCT Observatório das Metrópoles.

Distopia Rurbana
Jobson Brunno
jobsonbrunno@gmail.com
é graduando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Campina Grande. É pesquisador do INCT Observatório das Metrópoles (núcleo Paraíba) e membro da Frente Pelo Direito à Cidade de Campina Grande.