nº 40 ano 11 | Março 2020
Matéria de Capa

Da Refavela ao Koyaanisqatsi, duas músicas para o pó, a lama e o “CAUS”

Por Caio Santo Amore

Trata-se de uma crônica-homenagem a um grupo de jovens assessores e assessoras técnicas populares que vem atuando na região metropolitana do Recife, Pernambuco, a partir da experiência de uma breve visita a dois assentamentos populares sujeitos a violências sutis, a ameaças de remoção e a extinções físicas levadas a cabo: a ZEIS Caranguejo Tabaiares e o Conjunto Muribeca, em Recife e em Jaboatão dos Guararapes. O relato traz à tona o sentido da palavra favela como tema gerador da pedagogia freireana e procura estabelecer uma relação entre a demolição de um conjunto habitacional de mais de duas mil unidades numa metrópole do nordeste brasileiro e o famoso caso estadunidense do Pruitt-Igoe, em St. Louis. Assim, aponta para algumas das contradições das políticas habitacionais recentes no Brasil e para as lacunas de formação para lidar com as dimensões pouco tangíveis das necessidades habitacionais nesse país continental.

Palavras-chave: Favela; Habitação; Assessoria Técnica; Caranguejo-Tabaiares; Muribeca.

Da Refavela ao Koyaanisqatsi, duas músicas para o pó, a lama e o “CAUS”
Caio Santo Amore
caiosantoamore@gmail.com
é professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.