nº 24 ano 7 | Março 2016
Especial

Por um urbanismo lúdico e afetuoso

Por Giovana Aparecida Zimermann e Robert Pechman

Em dezembro de 2015 o Instituto de Planejamento Urbano e Regional da UFRJ realizou a XXI Semana PUR, que se propôs a discutir os 450 anos de desigualdade do Rio de Janeiro. Como contraponto, resolvemos convidar os participantes para uma oficina coletiva que suscitasse o afeto na cidade. A Oficina Cidade dos Afetos não buscou inspiração somente na arquitetura e no urbanismo, mas também na literatura e nas artes visuais, como exemplo a cidadezinha de açúcar de Meschac Gabai apresentada na 27ª Bienal de São Paulo, que teve o tema “Como viver juntos”.

A lógica de um planejamento urbano racional não importava para a oficina; queríamos entrar em um espaço lírico, sensorial, despertar o arquétipo adormecido no inconsciente, como nos sugere Bachelard. Não cabia, pois, o discurso, mas a experiência de materializar numa maquete um espaço no qual o sonho do convívio seria possível, a partir da hospitalidade como conceito espacial.

Por um urbanismo lúdico e afetuoso
Giovana Aparecida Zimermann
giovana_zimermann@hotmail.com
é artista visual, especialista em Linguagem Plástica Contemporânea pela Universidade do Estado de Santa Catarina, mestre em Arquitetura e Urbanismo e História da Cidade pela Universidade Federal do Estado de Santa Catarina, doutora em Literatura pela Universidade Federal do Estado de Santa Catarina e atualmente realiza estágio de pós-doutorado em Planejamento Urbano e Regional na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Robert Pechman
betuspechman@hotmail.com
é historiador, mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutor em História pela Universidade Estadual de Campinas (1999), com pós-doutorado na Ècole des Hautes Etudes en Sciences Sociales de Paris. É professor do Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.